Aí galera, essa é uma nova tentativa de leva o pós crisma pra internet!!O nosso papel é ser evangelizado no pós e levar esse conhecimento ao mundo. A internet hoje, alcança um grande número de lares pelo mundo, vamos tentar fazer a nossa parte e levar um pouco desse Deus que conhecemos a todos!! Isso é possível através de fotos, vídeos e depoimentos da galera. Então pessoal, vamos postar!! Escrever, me mandem material, vou fazer o possível pra manter esse blog no ar o máximo de tempo. Mas sozinho é difícil, conto com a ajuda do Espírito Santo e de vocês pra levar um pouco mais de Deus para nossos irmãos na Net.

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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Balanço

Palavra de Deus: Ezequiel 34,11-12.15-17; 1Coríntios 15,20-26.28; Mateus 25,31-46.
A cada ano, as empresas fazem seu balanço para perceberem se estão tendo lucros ou prejuízos, para corrigirem erros e melhorarem seu desempenho. Isso vale também para a vida de qualquer pessoa. No final de cada ano, precisamos parar para perceber em que direção está caminhando a nossa vida, se estamos nos aproximando ou nos distanciando da meta proposta pelo evangelho, para perceber também o que deve ser confirmado e o que deve ser modificado em nós. O evangelho de hoje se apresenta como a ferramenta que nos ajuda a fazer esse balanço. Se no momento atual, tudo está disperso e cada um segue o seu caminho, no dia final da história da humanidade todos serão reunidos diante do Filho, a quem o Pai confiou todo julgamento (cf. Jo 5,22). Se agora tudo está misturado em nós - a luz e as trevas, o bem e o mal, a graça e o pecado - no último dia Jesus Cristo fará uma separação, porque só ele conhece o ser humano por dentro (cf. Jo 2,25), só ele é capaz de penetrar no espírito humano e discernir as intenções, os desejos, as razões que nos levaram a agir desse ou daquele modo. No momento do nosso julgamento, ficará claro que tiveram uma vida bem sucedida não os que percorreram a estrada do sucesso ou de uma vida farta de consumo, mas os que tiveram a coragem de percorrer a estrada do evangelho, estrada que passa pelo caminho onde se encontram os crucificados da humanidade, os que têm fome e sede, os que estão nus, doentes ou presos, os que são migrantes. A maneira como nos comportamos em relação a essas pessoas é a maneira como nos comportamos em relação ao próprio Jesus Cristo. Enquanto o sistema financeiro mundial destina bilhões de dólares aos bancos e banqueiros falidos, Jesus aponta para os bilhões e famintos e sofridos do mundo. Enquanto muitas igrejas disputam fiéis entre si, atraindo-os por meio da teologia da prosperidade, Jesus pergunta a nós, cristãos, o que temos feito em relação às injustiças sociais. Enquanto a nossa fé vive tão voltada para as nossas necessidades particulares, Jesus nos aponta para o sofrimento das outras pessoas (queda na doação de alimentos - indiferença dos jovens em relação a isso, falta de voluntários para a Pastoral da Criança, falta de membros para a visita aos doentes na Jesus Crucificado). Há quem veja na crise mundial uma oportunidade de que uma parte da humanidade seja exterminada "naturalmente", através da fome, o que "aliviaria" o Planeta Terra, que não suporta o atual nível de consumo. - os pobres - já que a Terra não comporta mais o nível de consumo do ser humano. Mas o evangelho aponta numa outra direção: a solução não é eliminar consumidores e sim modificar o nosso consumo. A questão não é se você é um privilegiado sobrevivente da crise mundial, mas o que você está fazendo para socorrer quem precisa ser socorrido. No meio de uma situação parecida com a atual, quando milhares de pessoas estavam dispersadas num dia de nuvens e escuridão, Deus disse: "Eu mesmo apascentarei o meu rebanho... Buscarei a perdida, reconduzirei a desgarrada, cuidarei da fraturada, restaurarei a abatida. Eu as apascentarei com justiça" (Ex 34,15-16). Você se dispõe a ser um voluntário de Deus nesta missão humanitária? Para nós, cristãos, o fim da história não é a sobrevivência de alguns poucos, mas a submissão de toda a humanidade à verdade do evangelho, sabendo que o fim se dará quando Jesus entregar a realeza a Deus Pai, depois de ter submetido tudo a seus pés. O último inimigo a ser destruído será a morte. Depois disso, o próprio Jesus se submeterá Àquele que tudo lhe submeteu, para que Deus seja tudo em todos (cf. 1Cor 15,24-28). É para este horizonte que nossos pés caminham, não para o buraco negro do mercado.
Deus te conceda um balanço consciente e uma boa semana! Pe. Paulo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Desenterrando talentos

Palavra de Deus: 1Tessalonicenses 5,1-6; Mateus 25,14-30
Há algum tempo atrás se anunciava que o comércio esperava por um Natal muito bom neste ano, no sentido de que se venderia muito. Mas a sensação de que estávamos todos em paz e segurança econômica foi desfeita com a crise global dos mercados. "Quando as pessoas disserem '(estamos em) paz e segurança!', então de repente sobrevirá a destruição" (1Ts 5,3). Com essas palavras, Paulo nos fala de segunda vinda de Cristo. Ele nos alerta que não podemos nos iludir com a busca de uma vida estável e segura neste mundo, mas manter a consciência de que, na hora em que menos imaginarmos, Jesus Cristo virá para nos conduzir à verdadeira vida. Para quem não crê nas Escrituras e na promessa de uma vida eterna, a vinda de Cristo é sentida como a vinda de um ladrão que vem roubar o que temos de mais precioso. Portanto, é uma vinda não desejada. Mas para quem crê, para os que estão na luz da fé, a vinda de Cristo é esperada com alegria. Será o momento em que veremos face a face, em que conheceremos como somos conhecidos, em que o imperfeito se tornará perfeito (cf. 1Cor 13,12). Então, o convite do apóstolo é: não durmamos, não vivamos uma vida sem compromisso com o evangelho, mas vigiemos e sejamos sóbrios, estando atentos aos sinais e aos apelos da vinda do Senhor. Jesus, através da parábola dos talentos, responde como vigiar e ser sóbrio. O que é um talento? É uma imagem usada por Jesus para falar dos dons que cada um de nós recebeu de Deus, para falar dele ao mundo. Cada pessoa é única e, como lembra A. Grün, "cada um possui algo de Deus a comunicar que só pode ser dito através dele". Assim, a imagem do talento contém uma pergunta: Qual é a mensagem que só por meio de você pode ser anunciada? O Documento de Aparecida nos desafia a assumir a nossa identidade de discípulos missionários de Jesus Cristo; não somente discípulos, não somente ouvintes da Palavra e consumidores de sacramentos, mas missionários, pessoas cuja maneira de viver anuncie Jesus Cristo ao mundo. Para isso, o Espírito Santo nos capacitou com os seus dons. Para isso, o evangelho nos chama à fidelidade: "Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!" (Mt 25,21). Administrar o pouco, a rotina do dia-a-dia, a casa, as pequenas atividades diárias. Administrar nossa pequena casa interior, nossa vida emocional. Viver de tal modo que Deus seja percebido pelas pessoas que convivem conosco, ainda que não falemos explicitamente d'Ele. Contudo, existe o risco da infidelidade, o risco de se enterrar os talentos recebidos. Nós podemos enterrar os nossos talentos debaixo da raiva, da mágoa, do ciúme. Existem pessoas que enterram seus talentos porque estão magoadas ou com raiva do padre ou da Igreja. Existem aqueles que enterram seus talentos por comodismo. Existem ainda aqueles que mantêm seus talentos enterrados por medo de receberem críticas, se esquecendo de que as pessoas só jogam pedras em árvores que produzem frutos. Seja qual for a causa (raiva, mágoa, comodismo ou medo), cada talento enterrado priva a comunidade e a sociedade de crescer, de se tornar melhor. Um homem visitou um museu em Gênova e viu embutido numa parede o violino de Paganini lacrado por um vidro. Ele pensou: "Quantas músicas Paganini conseguiu retirar desse violino! E agora ele está aqui, mudo, sem que ninguém possa tocá-lo e fazê-lo cantar!". Assim somos nós, quando mantemos nossos talentos enterrados, longe do serviço de Deus. Somos um belo instrumento, portadores da capacidade de entoar músicas maravilhosas, mas nos mantemos lacrados, vedados por uma grossa camada de vidro. As pessoas nos vêem, reconhecem a nossa capacidade, mas não podem usufruir da mensagem que poderíamos transmitir a elas. De alguma forma, estamos fechados em nós mesmos, em nossas feridas e decepções humanas... Deus não é alguém que colhe onde não semeou. Se Ele nos faz algum tipo de "cobrança" no evangelho de hoje, é no sentido de nos convidar a desenterrar os nossos talentos, a permitir que o violino que somos seja colocado em Suas mãos, para que a mensagem única que ele imprimiu em nós ao nos criar seja anunciada ao mundo pela única pessoa que pode fazer isso: nós. "A todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado" (Mt 25,29). Um violino que permite ser tocado terá suas cordas flexíveis e "grávidas" de música, mas um violino que não permite ser tocado terá suas cordas enrijecidas e enferrujadas, que se quebrarão com o tempo e nada mais poderão tocar.
Deus te abençoe e te conceda uma boa semana!
Pe. Paulo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mais do que um corpo, um Templo

Palavra de Deus: Ezequiel 47,1-2.8-9.12; 1 Coríntios 3,9c-11.16-17; João 2,13-22

Dedicação da Basílica do Latrão

Por que celebrar a Dedicação de uma Basílica que se encontra tão distante de nós, em Roma? A Basílica do Latrão foi a primeira catedral construída em Roma, no século IV, no morro do Latrão, e que foi, durante muito tempo, a catedral do Papa. Por isso, ela é considerada mãe de todas as igrejas católicas espalhadas pelo mundo e lembra que todos nós somos pedras vivas do edifício espiritual de Deus (cf. 1Pd 2,5).
Desde a antiguidade, o templo é o lugar do encontro com Deus. No evangelho de hoje, Jesus faz uma relação entre o Templo de Jerusalém e o seu corpo. Jesus é o verdadeiro Templo porque é por meio dele que podemos nos aproximar de Deus com plena confiança (cf. Ef 3,12). Essa imagem do corpo de Jesus como Templo foi profetizada por Ezequiel como o Templo dentro do qual sai um rio de água que desemboca no Mar Morto e converte suas águas em águas que geram vida. Além disso, a água que escorre do Templo passa pelos campos e faz crescer árvores cujos frutos servem de alimento e cujas folhas servem de remédio (cf. Ex 47,1-2.8-9.12).
Jesus assume para si esta profecia, ao gritar no Templo: "Quem tem sede, venha a mim e beba, aquele que crê em mim. Como diz a Escritura: 'do seu seio jorrarão rios de água viva'" (Jo 7,37-38). Diante dessa imagem e desse convite de Jesus, você pode se colocar diante de um crucifixo e utilizar a música "Lava-me", da Celina Borges, para fazer sua oração, permitindo que a água que saiu do peito de Cristo na Cruz (cf. Jo 19,34) deságüe naquilo que na sua vida é hoje um "mar morto"; você pode permitir que esta água escorra até as raízes da árvore da sua vida, e possa produzir em você alimento e cura...
O que levou Jesus a expulsar os vendilhões do Templo com um chicote foi o zelo pela casa de Deus (cf. Jo 2,17). Como anda o seu zelo pela igreja que você freqüenta? Ainda que você não freqüente nenhuma igreja neste momento, mas se considere católico, você tem consciência da sua responsabilidade pela manutenção da sua igreja? Muitas pessoas não medem esforços por renovar seus bens materiais, por melhorar sua casa, seu carro, mas não se importam em contribuir com o dízimo na religião que professam. Você tem zelo por sua igreja, por sua comunidade? Você se envolve nas necessidades do trabalho evangelizador da sua paróquia?
Além de Jesus ter relacionado o Templo com o seu próprio corpo, o apóstolo Paulo nos pergunta: "Acaso não sabeis que sois o santuário de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós?" (1Cor 6,16). Voltando à imagem da água que sai do Templo, a ciência diz que 65% do nosso corpo (adulto) é composto por água. Como anda o zelo pelo seu corpo? Quanto há nele de nicotina, de álcool e de resíduo de outras drogas? Quanto há nele de resíduos de ansiolíticos, porque você não tem sabido interpretar os apelos do seu próprio espírito? Lembremos do problema da somatização: uma vida emocional desequilibrada, descuidada, provoca doenças em nosso corpo.
Jesus usou um chicote para expulsar do Templo aquilo que o profanava. O que esse chicote de Jesus teria a dizer para a sua sexualidade? Como você lida com os apelos do seu corpo? Você tem sido um bom jardineiro, administrando a sua sexualidade, ou já entregou seu jardim aos animais selvagens, fazendo do seu corpo não o santuário da sua afetividade, mas um mero laboratório de experiências sexuais, na tentativa desesperada de sentir-se amado?
O advogado Miguel Reale Júnior, no seu artigo "Corpo esculturado, mente insana", escreveu: "... colocar silicones, injetar substâncias químicas para dar a forma almejada... Garotas sem tempo para ler, para exercitar a imaginação..., dedicadas exclusivamente à ginástica autocentrada em frente ao espelho... Não se está nunca em paz com a própria imagem corporal... Parecem almejar ser cadáveres elegantes, mas sem a visão escatológica da ressurreição dos corpos... A aparência predomina sobre a substância. Na nova escravidão, seqüestra-se o espírito: só existe o corpo. E se esquece que os dois, corpo e espírito, devem ser alimentados simultaneamente para uma vida significativa". Você tem liberdade suficiente para não ceder aos apelos da ditadura do corpo perfeito? Pense nesta expressão: "cadáveres elegantes"...
Por fim, acolha as palavras "Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário" (1Cor 6,17) não como um cinto de castidade ameaçador e repressor, mas como um apelo para uma visão mais profunda de si mesmo e da sua dignidade. Se o seu Templo já foi profanado e teve partes destruídas, lembre-se daquele que disse: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" (Jo 2,19). As Suas mãos, que purificaram o Templo de Jerusalém, podem reedificar o Templo que você é...
Deus te abençoe.
Pe. Paulo.